A família que morava na Flórida havia 5 anos e não tinha voltado ao Brasil desde então foi encontrada por um dos proprietários da casa alugada que eles habitavam desde 2009, em um condomínio de luxo. Gerald Mastro teria ido cobrar o valor de aluguéis atrasados e, ao tocar a campainha, reparou um cheiro forte que vinha de dentro da residência. Sem receber resposta dos chamados, o proprietário teria ligado para a polícia, que encontrou os corpos.
Como não encontraram qualquer sinal de arrombamento na casa, a polícia praticamente descartou a hipótese de um triplo homicídio. “Eles sempre foram muito bons. Sem problemas”, disse Mastro ao jornal americano Orlando Sentinel. “Quando vínhamos à Flórida, sempre os visitávamos”, afirmou ele, que reside em Chicago.
Segundo Mastro, nos últimos anos, Amaral e Cledione haviam sido bons inquilinos e pagaram sempre dentro do prazo. A situação começou a mudar em outubro. Mastro entrou em contato com o casal no início de novembro. Ele trocou e-mails com Cledione, que se desculpou pelo aluguel vencido. Ela prometeu pagar o mais rápido possível, mas não teria cumprido a promessa. Quando eles morreram, havia três meses de aluguéis atrasados.
Desemprego
Amaral estava desempregado havia alguns meses. Uma das hipóteses levantadas pela polícia é de um duplo assassinato seguido de suicídio, provocado pelo fato de ele não conseguir mais sustentar a família. O salário de Cledione em um parque da Disney, em Orlando, não seria suficiente para cobrir os gastos.
Os dois teriam se conhecido na TAM, onde Amaral trabalhou como piloto e Cledione como comissária, antes de se mudarem para os Estados Unidos. A TAM confirmou que Amaral fez parte da equipe de pilotos da companhia e se desligou há mais de cinco anos, mas não conseguiu informar se Cledione trabalhou na empresa.
Itamaraty
As mortes foram confirmadas pelo Itamaraty, mas o Ministério das Relações Exteriores não revela detalhes das investigações. Os parentes dos mortos, que moram em Formosa, interior de Goiás, procuraram o Itamaraty para pedir apoio. O órgão afirma que acionou o consulado brasileiro em Miami, que está acompanhando o caso e servindo de intermediário entre os parentes dos mortos e as autoridades policias americanas.
A polícia do Condado de Orange aguarda a identificação oficial dos corpos para liberá-los. A responsabilidade do translado ao Brasil, de acordo com o Itamaraty, é da família. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Matéria do Yahoo
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